Trocando em miúdo a sigla SEO significa Search Engine Optimization que em português seria algo como Otimização de Mecanismos de Busca.
Este termo é particularmente recente, digamos que nasceu junto à segunda fase da internet, a famosa Web 2.0.
Mas porquê existe?
Bem, com o advento do Google no final dos anos de 1990, a informação na internet passou a ser catalogada de uma maneira um pouco mais complexa do que era previamente.
Se nas épocas do Yahoo! e Alta Vista a informação era catalogada apenas pela letra do domínio em que o diretório do site estava hospedado; com o Google o buraco passou a ser mais embaixo.
Uma enormidade de variáveis foram adicionadas ao contexto, variáveis essas que não param de aumentar.
Mas porque é importante?
Bem, pense no seu comportamento ao buscar qualquer informação no buscador mais utilizado do mundo, o pai dos burros, o Google.
O que geralmente você lê na página de resultados de busca?
Sim, você clica nos primeiros resultados.
E isso tem uma explicação bem simples na heurística do buscador, o Google quer entregar a melhor resposta para a pergunta que você fez.
Logo, a primeira posição é, no entendimento da ferramenta, a página que possui a resposta melhor adaptada ao seu contexto.
E, podemos dizer que, os números abaixo mostram que os usuários confiam nesse julgamento do buscador:
- Os três primeiros links orgânicos recebem cerca de 30% dos cliques;
- Apenas 0,78% dos usuários clicam em algum link na segunda página dos resultados.
Esses dados então reforçam a ideia de que é necessário estar bem posicionado nas SERP (Search Engine Result Pages), ou seja, você precisa aparecer pelo menos na primeira página de resultados das buscas se deseja receber algum tráfego em sua página.
Mas quais são as variáveis que preciso me atentar? O que entra no SEO?
É o que vou descrever brevemente abaixo para lhe ajudar a entender o volume de variáveis que o SEO envolve.
- Qualidade do tráfego: Você pode atrair todos os visitantes do mundo, mas se eles estão acessando seu site porque o Google lhes diz que você é um recurso para computadores Apple quando você é um agricultor que realmente vende maçãs, isso não é tráfego de qualidade. Em vez disso, você deseja atrair visitantes genuinamente interessados nos produtos que você oferece.
- Quantidade de tráfego: Depois que você clica nas pessoas certas nessas páginas de resultados do mecanismo de pesquisa (SERPs), mais tráfego é melhor.
- Resultados orgânicos: Os anúncios compõem uma parcela significativa de muitas SERPs. Tráfego orgânico é qualquer tráfego pelo qual você não precise pagar.
Indo de forma mais profunda e analisando a etimologia do termo SEO, podemos viajar da seguinte maneira.
Os buscadores, ou mecanismos de buscas, possuem robozinhos (conjuntos de códigos e scripts que ficam varrendo a internet a todo momento) que reúnem informação e conteúdos. Esses robôs alimentam uma grande base de dados, que é demonstrada para você no formato de página de resultados da busca.
Tudo isso que citei acima é o SE (mecanismo de busca, ou search engine) do SEO.
A parte O do SEO – otimização, ou optimization – é onde as pessoas que escrevem todo o conteúdo e o colocam em seus sites estão distribuindo esse conteúdo e esses sites para que os mecanismos de pesquisa possam entender o que estão vendo e os usuários que chegam via pesquisa gostará do que eles vêem.
A otimização pode assumir várias formas. É tudo, desde garantir que as tags de título e as meta descrições sejam informativas e do tamanho certo, até apontar links internos para as páginas das quais você se orgulha e também fazer referência a páginas externas que podem ser bons backlinks.
Robôs do Google
Como falei anteriormente, os robôs do Google são scripts que ficam varrendo a internet em busca de novas informações.
Na linguagem técnica chamamos eles de spiders e crawlers.
O crawler mais famoso do mundo é o Googlebot.
Mas o que é um crawler?
Segundo Neil Patel, uma das maiores autoridades em marketing digital no mundo; Web crawler, bot ou web spider é um algoritmo usado pelos buscadores para encontrar, ler e indexar páginas de um site.
Como disse, é um robô que captura informações de cada um dos links que encontra pela frente, cadastra e compreende o que é mais relevante e salva em seu banco de dados para respostas mais rápidas.
Para cada pesquisa que você faz neste mecanismo de busca, são exibidos vários resultados relacionados à sua intenção de pesquisa, certo?
Logo, é a partir deste web crawler que o buscador consegue encontrar cada um dos sites que aparecem em suas páginas de resultados e classificá-los em ordem de relevância.
E essa ordem de relevância segue critérios definidos pelo time técnico que realizou a programação do bot.
Atualmente, sabemos que o Googlebot dá importância a diversos fatores como leiturabilidade do conteúdo, tempo de carregamento de página, layout do site, presença da palavra-chave no texto, hierarquização de títulos e por aí vai.
Desde a sua implantação em 2003, o Googlebot já passou por inúmeras atualizações, mudando também o seu apelido passando por Florida, Panda, Penguin, Hummingbird, Pigeon, RankBrain, Fred, Medical e, atualmente, BERT.
Cada uma dessas atualizações costumam trazer melhorias e aperfeiçoamentos realmente grandes, gerando impactos consideráveis.
Você pode acompanhar as atualizações diretamente no blog do time de Search do Google, o Google Search Central Blog.
Tipos de SEO
Se você chegou até aqui, você já conseguiu entender algumas coisas sobre SEO.
Mas a mais importante delas é uma palavra composta. Você sabe qual é?
Pois é, são as palavras-chave ou keywords.
Palavras-chave são essenciais para o seu conteúdo ser melhor rankeado e quanto maior o número de palavras-chave em seus conteúdos, melhor para você.
Por isso, se você deseja trabalhar com conteúdo é importantíssimo entender de SEO.
Mais do que isso, é imperativo ao menos saber o básico e entender como trabalhar em plataformas como o Google Search Console e Bing Webmasters Tools.
Ferramentas essas ligadas aos buscadores em que nós, usuários, informamos aos robôs sobre as novidades em nossos domínios.
Atualmente para ser um profissional de marketing digital completo, existem algumas disciplinas que precisamos dominar ao menos o básico, e SEO é uma delas.
Não é atoa que, apenas neste ano de 2021, duas grandes ferramentas que ajudam diversos profissionais de SEO abriram seu capital (ou seja, fizeram um IPO) na bolsa americana. São elas o SEMRush e a Similarweb.
Essas duas são apenas algumas das ferramentas disponíveis para os profissionais de organic growth realizarem suas análises, saberem escolher as melhores palavras-chave e conseguirem analisar a competição.
Por motivos de orçamento, eu escolhi a Ubersuggest. Que desde 2019 está sob o controle do Neil Patel e vem sofrendo melhorias constantes na ferramenta e tendo um plano superbásico gratuito e nos planos pagos começa no valor de US$12/mês.
Se você já busca algo mais robusto, recomendo focar no SEMRush; ferramenta já consolidada no mercado e dita tendência entre as Martech de SEO.
Uma ferramenta desse porte é essencial para entregar relatórios e análises de todos os itens a seguir que citarei sobre SEO.
SEO on-page
De maneira geral, podemos resumir o SEO on-page com as otimizações e melhorias que podemos fazer em nossas páginas para que o Googlebot tenha acesso otimizado às informações.
É importante entender que é nessa área que temos uma série de otimizações focadas em deixar o conteúdo melhor para o usuário também, afinal um conteúdo mal escrito ou com técnicas de black hat SEO podem não te levar tão longe assim nos rankings do maior buscador do mundo.
E bem, o jogo que estamos jogando aqui é o da atenção, ou seja, o tráfego é importante. Volume de tráfego, então, importantíssimo.
Dessa forma, precisamos privilegiar o conteúdo tanto para o algoritmo como para as pessoas.
E quais os critérios importantes aqui?
Intenção do usuário
É preciso entender de uma vez por todas, SEO não é sobre o que as pessoas estão procurando, mas sobre o que elas desejam encontrar.
SEO é sobre resolver a dor momentânea do usuário.
Por isso, as otimizações on page devem focar na intenção de busca do usuário, que podem variar a cada nova pesquisa, afinal não somos máquinas.
É nisso que o Google foca para entregar o que o usuário deseja, ou seja, na experiência de seu usuário.
O processamento da linguagem natural e a análise da localização do usuário, por exemplo, são partes de um todo que ajudam a decifrar essa intenção. Alia-se a isso histórico de navegação, cookies e muito mais.
Então, o seu desafio enquanto estrategista de marketing que seguirá para o lado do Marketing de Conteúdo e do SEO é justamente conseguir prever os movimentos do usuário.
E a melhor forma de entender a intenção do usuário é recorrendo ao próprio Google!
A melhor maneira é: depois da pesquisa de palavras-chave, você faz buscas no Google para analisar quais resultados estão nos primeiros lugares.
Afinal, são essas as páginas que o Google considera que estão respondendo melhor a intenção do usuário.
Basta ir na página inicial do Google e digitar a palavra-chave que deseja rankear na caixa de busca e aguardar as sugestões do navegador.
Tamanho do conteúdo
Entre nós, profissionais de SEO, corre a informação de que o tamanho do conteúdo costuma ter impacto na classificação, mesmo que não haja nem um fator direto de rankeamento envolvido no algoritmo.
A crença é simples, conteúdos longos tendem a ser mais completos, detalhados e aprofundados e, assim, conseguem responder melhor às dúvidas dos usuários.
Novamente, voltamos ao ponto anterior, o foco é na experiência do usuário do buscador.
Mas é claro que não existe uma regra: para cada tema e para cada job to be done, o tamanho ideal pode variar.
Obs.: é aqui que você vai encontrar muitos especialistas falando de persona e não job to be done. Pouco importa o conceito que você irá trabalhar, apenas se traz resultados reais para o projeto.
Eu, por exemplo, sempre busco produzir artigos super completos, densos. Sei que não faz sentido ficar sempre focado nisso, pois no meu funil artigos assim provavelmente estarão no meio para o fundo do funil.
Mas aqui está a importância de mapear a jornada do cliente.
Se você faz um bom trabalho com outros canais no topo do funil e sua dificuldade passa a ser a conversão, conteúdos mais densos podem te ajudar e muito!
O conceito é simples, o topo de funil geralmente é composto por uma palavra-chave abrangente, com bastante concorrência e volume de buscas, o que exige um conteúdo extremamente completo.
Já um post sobre assuntos mais específicos e técnicos, por exemplo, possuem menos buscas e concorrência e, por isso, pode ser mais curto e direto; pois estão na cauda longa.
Se você me perguntar , qual é o melhor tamanho de conteúdo?
Eu lhe direi que é aquele que melhor responde a dúvida do usuário.
Basta ver pelo tamanho deste curso de SEO por e-mail.
Estamos apenas na introdução e já passamos das 1800 palavras!
Volume de publicação
Você sabe porque quando pesquisamos um termo que está em alta, geralmente algum portal de notícias aparece entre os primeiros?
Bem, existem diversos fatores que respondem essa pergunta. Mas vou me arriscar a dizer que é a frequência de publicação.
Portais de notícia publicam diversas vezes ao dia e isso ajuda no rankeamento de seus conteúdos.
Ou seja, o volume de postagem também costuma favorecer o posicionamento. Afinal, quanto mais conteúdos você publicar, mais chances tem de rankear.
Porém, não dá para pensar apenas em quantidade de posts, ok? É preciso aliar à qualidade e à frequência.
Não adianta publicar centenas de conteúdos que não ajudam os usuários em nada, se a taxa de abandono de seu site for alta, você não irá rankear. Simples assim!
Publicar vários posts no início de um blog e depois deixá-lo parado também não serve.
É preciso manter a frequência de publicações para fidelizar o público e mostrar ao Google que sempre tem conteúdos novos e atualizados.
Lembre-se que o mais importante é que quantidade e qualidade andam juntinhas, de mãos dadas!
Escrita para SEO
Finalmente, chegamos em um tópico que afeta diretamente que produz conteúdo, certo?
É preciso entender que escrever bem para SEO, para Web, não significa necessariamente que essa pessoa possui o melhor português do mundo.
Obviamente que saber escrever um bom português ajuda, mas também é necessário entender que existem alguns fatores da escrita para web que vão contra as normas culta da língua e isso pode fazer toda a diferença.
Então, está na hora de escrever o seu primeiro conteúdo, o que você precisa fazer?
A prioridade máxima é apenas uma, a qualidade.
Todo e qualquer conteúdo que você for escrever para publicar precisa ser correto, claro, atualizado, relevante, confiável e, claro, precisa responder a intenção do usuário.
É isso que garante bons sinais de engajamento na página e aumenta as chances de receber backlinks (item que falaremos no próximo tópico de otimização off-page) — fatores que pesam bastante no rankeamento.
Embora o Google cada vez mais valorize e compreenda a escrita natural, existem também algumas estratégias para otimizar o conteúdo para que ele alcance melhores posições e, ao mesmo tempo, favoreça a experiência do leitor.
assinar o VIP para ter acesso à todos os módulos.
Por isso, é importante dar atenção à escaneabilidade e à semântica dos textos.
SEO Off-page
Assim como as otimizações on-page, existem as otimização off-page.
Ou seja, agora é hora de olhar para fora das suas páginas. Se o SEO on-page trata das otimizações de suas páginas, o SEO off-page são otimizações que podem ser feitas fora das nossas páginas.
Isso abre um grande leque de oportunidades para quem tem a visão do SEO estrategicamente.
Comece se perguntando: “O que posso fazer para ganhar mais autoridade no mercado e mostrar ao Google que sou uma referência?”
Aqui é preciso perceber que, diferentemente do SEO on page, no SEO off page você não tem total controle sobre a otimização e dessa forma precisamos aprender a conviver com isso.
A decisão de dar backlinks para o seu site e fazer menções ou buscas diretas à sua marca depende de terceiros, e a qualidade do seu conteúdo pode ser uma variável que jogue a seu favor.
Dessa forma, para alcançarmos mais qualidade estrategicamente, você pode adotar estratégias de link building, guest posting, redirecionamento de links quebrados, entre outras formas de reforçar o perfil de backlinks e gerar mais autoridade para a página.
Se você deseja saber mais sobre esses temas, lembre-se de assinar a minha newsletter VIP para receber o conteúdo na sua caixa de entrada!
Em um módulo específico sobre link building irei explicar mais a fundo como faço para gerar bons backlinks, tanto de forma ativa como de forma passiva.
Além disso, você pode procurar sobre a técnica mais famosa para geração de backlinks – a Skyscrapper Technique, ou Técnica do Arranha-Céu.
SEO Local
No desafio do mundo Glocal, ou seja, pensamento global e ação local; o SEO Local é uma ferramenta essencial.
Mas você deve estar se perguntando para que ele serve, certo?
Bem, em um mundo de pandemia quem tinha uma boa estratégia de SEO Local saiu na frente estando bem posicionado para palavras-chaves locais como “borracharias em vitória es” ou “pizzarias com delivery em vitória es”; bem como tendo o seu perfil no Google Meu Negócio atualizado informando horário e dias de funcionamento.
Uma das prioridades do Google nos últimos anos é a busca com intenção local.
O buscador entende que um usuário que busca por soluções em determinada região deve receber respostas de uma forma diferente, com informações mais práticas e objetivas, em vez de uma lista de links como acontece na SERP tradicional.
Dessa forma, quando pesquisamos por algo local, o Google aciona o algoritmo de busca local, que prioriza resultados na região em que o usuário está localizado ou que ele digita nos termos de busca.
Nos resultados, o buscador costuma apresentar informações do Google Meu Negócio diretamente na SERP, de maneira que o usuário nem sempre precisa acessar o site da marca.
São fatores de importância no rankeamento local itens como: relevância, ou seja, o quanto você está otimizado para aquela SERP apresentada; e proximidade, ou seja, quanto mais próximo do usuário antes você é apresentado na SERP. Simples assim!
SEO Técnico
Se você ficou até aqui, parabéns, você está bem próximo de finalizar o primeiro módulo do Curso de SEO para Conteúdo.
Logo, se você chegou até aqui, já deve ter entendido que o universo do SEO é enorme e inclui também aspectos mais técnicos da estrutura do seu site. Ou seja, você precisará entender um pouco de detalhes que envolvem código, gestão de infra-estrutura e tempo de carregamento de página.
Mas para facilitar a sua vida (obviamente, afinal aqui é um curso) separei quais são esses fatores!
Uma parte importante do SEO on page é o SEO técnico.
Ele envolve todas as otimizações que você pode fazer na estrutura interna do site — ou seja, nos códigos e na arquitetura do site — com a intenção de torná-lo mais rápido, compreensível, rastreável e indexável pelos buscadores.
São itens abrangidos pelo SEO Técnico: Sitemap.xml, robots.txt, o design do seu site (UX/UI), velocidade de carregamento da página e critérios de mobile first.
Sitemap, é o arquivo que mapeia o seu site, ou seja, entrega para os buscadores um mapa com todos os links e arquivos do seu site.
Robots.txt é uma série de “comandos” que você sinaliza aos buscadores que eles podem fazer em relação ao seu site, indicando quais páginas podem e não podem rastrear.
UX/UI é tudo que envolve o design do seu site e a experiência do usuário. Tamanho de letras, cores de objetos e fundo e muito mais. Ter uma boa experiência de usuário é essencial para passar confiança e credibilidade na internet.
Velocidade de carregamento é um dos principais critérios para a classificação. O próprio Google já falou abertamente que a velocidade é um fator de rankeamento — em 2010, para as buscas em desktop e, em 2018, para as buscas mobile.
Critérios mobile first é simples de entender. O mundo está indo cada vez mais em direção ao mobile, no Brasil temos mais celulares disponíveis e ativos do que seres humanos. Se você não joga o jogo do mobile, você está fora da jogada.
Resumo: “Encontrabilidade”
Se eu pudesse resumir o que é SEO em apenas uma palavra eu diria que Search Engine Optimization é o mesmo que encontrabilidade.
Ser encontrado é essencial para reter a atenção (tão disputada) do usuário!
Obrigado por ter ficado até aqui. Se você gostou dessa aula introdutória, deixe um cafezinho. Qualquer valor é bem vindo e me mantém apto a escrever cada vez mais!
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